Educação hoje, e amanhã?
Por: Daniele Júlia Nascimento da Costa - (Danny L Costa)
Depois de décadas de Analfabetismo Funcional, onde o aprendiz
torna-se alguém que sabe ler e escrever precariamente, não compreende e não se
faz compreender através daquilo que lê e escreve, creio que é crescente a utilização
de metodologias e recursos dos mais diversos para atender ao que se espera.
Houve aumento da procura por materiais, leituras, cursos e oficinas para
capacitar e formar o professor para atender a esse novo desafio educacional.
Após o PDE e o Pacto da Educação, instituídos pelo
governo, onde os professores estão sendo capacitados para trabalhar de modo a
alfabetizar a todos os alunos até os 8 anos de idade, o aluno alfabetizado e letrado,
tornar-se-á mais crítico, mais questionador, mais curioso, e pronto para
enfrentar os mais diversos desafios educacionais e será que estaremos
estruturalmente e pedagogicamente preparados para lidar com esse novo aluno?
O aluno, hoje, naturalmente mais estimulado por
diferentes meios (família, televisão, jogos eletrônicos, internet, redes
sociais...), _ quando estimulado,_ nos traz grandes desafios enquanto
educadores, no que se refere a estar a todo instante a procura de alternativas,
métodos, recursos e meios que promovam desafios reais a esse aluno, estaremos
nós preparados?
O professor está preparado psicológica, física e pedagogicamente
para aliar todos os aspectos para desafiar esse aluno? E nossas escolas,
prédios, espaços, materiais, estão adequados a tudo isso? Além disso, vem a imposição e obrigatoriedade
da Educação em tempo integral, caminhando para a universalização, e ainda a
obrigatoriedade da escolarização das crianças a partir dos 4 anos.
As políticas públicas, mais uma vez digo eu, precisam
estar voltadas para proporcionar esse preparo. Temos, antes de tudo, que
promover a infraestrutura, não se constrói nada em terreno sem preparo, sem
alicerce e o alicerce social chama-se Educação, depois do terreno chamado
Família, outro campo que o governo está trabalhando muito mal, acostumando-a
com bolsas, dando o peixe e não ensinando a pescar. Impondo a Educação em Tempo
Integral, como forma de auxiliar a família que não tem mais tempo para os filhos
e os deixam na rua, expostos a todo tipo de perigo, à margem da sociedade. Mas tirando
o direito de mães que têm tempo para ficar com esses filhos, tirando o tão
inestimável tempo de brincar, acarinhar, amar e estar com o filho após as
aulas, para auxiliá-lo nas tarefas. Criticou-se tanto as mães e pais que não
veem seus filhos, que não têm tempo para eles, mas está se negando à muitas
mães a opção de escolha.
Que o Governo tenha em mente esses aspectos e que a
Constitucionalidade não seja negada ao se oferecer “direitos” impostos.
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