Mídias e Tecnologias no Contexto Escolar: Um novo Desafio
Por: Daniele Júlia Nascimento da Costa
São urgentes ações voltadas para inserir as TICs e as mídias no contexto escolar, a melhor qualidade da educação é perseguida há tempos, passando por diversas atualizações metodológicas, didáticas e pedagógicas, utilização de técnicas e instrumentos tradicionais ou modernos, o que temos hoje é a necessidade de mudança de postura política e docente para encarar as novas demandas educacionais, advindas da democratização do ensino. Hoje, mais que nunca é preciso trazer para o contexto escolar as novas tecnologias, as antigas práticas precisam ser substituídas desde a gestão educacional, passando pela gestão das escolas e das salas de aula. É preciso engajar-se nesse sentido. Para Moran, há um descompasso crescente entre os modelos tradicionais de ensino e as novas possibilidades que a sociedade já desenvolve informalmente e que as tecnologias atuais permitem. A maior parte do que se ensina não é percebido pelos alunos como significativo. Ainda, na formação inicial a integração das tecnologias na prática docente não é discutida de modo a favorecê-la e torná-la realidade em nossas escolas, portanto, acredito que a formação continuada deva acontecer dando suporte, não apenas teórico como prático, numa ação-reflexão-ação, em um ‘feedback’ constante com todos os atores do contexto escolar. A aplicação, quando há, das habilidades desenvolvidas por alguns professores no uso das tecnologias ainda é muito restrito, fragmentado e pontual. Ainda falta conhecimento e prática orientada para a integração efetiva das TIC’s e das Mídias. Para promover Políticas Públicas que realmente favoreçam a sociedade, é imprescindível discutir a relevância social que justifica a implantação de um projeto que realmente vá ao encontro das necessidades desses profissionais, valorizando-os, integrando-os entre si, oferecendo-lhes oportunidade de alternativas que possibilitem a melhoria e qualidade do ensino, contribuindo para o desenvolvimento do raciocínio lógico, da coordenação motora, da percepção visual e auditiva, da criatividade e do desempenho escolar dos alunos, auxiliando na formação de um aluno mais crítico e participativo, promovendo o aumento da taxa de retenção dos conhecimentos adquiridos. O professor precisa sentir-se seguro no trabalho por Projetos, Por exemplo, pois essa modalidade de trabalho facilita a interação entre os alunos, seus professores e o objeto de conhecimento. Para Fernando Hernández (Apud Prado 2009), a organização do currículo deve ser feita por projetos de trabalho, com atuação conjunta de alunos e professores. As diferentes fases e atividades que compõem um projeto ajudam os estudantes a desenvolver a consciência sobre o próprio processo de aprendizagem, porém todo projeto precisa estar relacionado aos conteúdos para não perder o taco. Além disso, é fundamental estabelecer limites e metas para a conclusão dos trabalhos. As novas tecnologias da informação e comunicação permitem que os alunos e professores, professores e seus pares, professores e gestores, família e escola, todos possam aprender em rede. De acordo com Canário (apud Almeida, 2000b: 123), ao se promover a participação dos alunos em projetos individuais ou coletivos com o uso dessas tecnologias há um avanço na aprendizagem, promovendo sua autonomia, tornando as mudanças explícitas, demandando maior atenção dos professores, inclusive dos que não estavam engajados no projeto, movendo-os a procurar mais informações sobre projetos, passando a cooperar e talvez integrar-se a eles. (p. 124) Para Dowbor (2008), as tecnologias são importantes, mas apenas se soubermos utilizá-las. E saber utilizá-las não é apenas um problema técnico. Contudo, não é de uma hora para outra que esses profissionais se farão diferentes, é necessário que sua formação seja permanente e aconteça dentro de sua esfera de trabalho, onde sua realidade seja contemplada, onde possa trocar informações e conhecimentos com seus pares e onde possa também ensinar. Desse modo, reafirmo é imprescindível e urgente que as Políticas Públicas estejam voltadas para a inserção das Tecnologias e Mídias nas escolas, para efetivação de uma melhoria na qualidade de ensino e para a promoção da inclusão digital e social de docentes, discentes e toda a comunidade escolar e local. Tendo como evidente a concepção de que o trabalho por projetos desfaz a ideia de trabalho fragmentado e modifica o currículo definido em grades temáticas, propiciando ao professor um trabalho com questões cotidianas e atendendo à necessidade dos alunos, propondo reflexões acerca de sua autoria, autonomia, construção da identidade e produção de conhecimentos. Referências ALMEIDA, M.E.B.,PROINFO: Informática e formação de professores. Vol.2. Ministério da Educação, Secretaria de Educação à Distância, Brasília: SEED, 2000b. Costa, D. J. N., Integração de Mídias e Tecnologias na Educação: O Desafio, São Paulo: Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, no curso de Especialização Tecnologias em Educação. 2010. 25p. DOWBOR, Ladislau. Tecnologias do Conhecimento: desafios da educação. São Paulo: Editora Vozes, 4ª ed. 88 p., 2008. MORAN, José Manuel. A escola que desejamos e seus desafios, disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/escola.htm, acessado em 26/10/2010. PRADO, Maria Elisabette Brisola Brito e ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de (organizadoras). Elaboração de projetos : guia do cursista / – 1. ed. – Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação à Distância, 2009. 174p. ; il.
São urgentes ações voltadas para inserir as TICs e as mídias no contexto escolar, a melhor qualidade da educação é perseguida há tempos, passando por diversas atualizações metodológicas, didáticas e pedagógicas, utilização de técnicas e instrumentos tradicionais ou modernos, o que temos hoje é a necessidade de mudança de postura política e docente para encarar as novas demandas educacionais, advindas da democratização do ensino. Hoje, mais que nunca é preciso trazer para o contexto escolar as novas tecnologias, as antigas práticas precisam ser substituídas desde a gestão educacional, passando pela gestão das escolas e das salas de aula. É preciso engajar-se nesse sentido. Para Moran, há um descompasso crescente entre os modelos tradicionais de ensino e as novas possibilidades que a sociedade já desenvolve informalmente e que as tecnologias atuais permitem. A maior parte do que se ensina não é percebido pelos alunos como significativo. Ainda, na formação inicial a integração das tecnologias na prática docente não é discutida de modo a favorecê-la e torná-la realidade em nossas escolas, portanto, acredito que a formação continuada deva acontecer dando suporte, não apenas teórico como prático, numa ação-reflexão-ação, em um ‘feedback’ constante com todos os atores do contexto escolar. A aplicação, quando há, das habilidades desenvolvidas por alguns professores no uso das tecnologias ainda é muito restrito, fragmentado e pontual. Ainda falta conhecimento e prática orientada para a integração efetiva das TIC’s e das Mídias. Para promover Políticas Públicas que realmente favoreçam a sociedade, é imprescindível discutir a relevância social que justifica a implantação de um projeto que realmente vá ao encontro das necessidades desses profissionais, valorizando-os, integrando-os entre si, oferecendo-lhes oportunidade de alternativas que possibilitem a melhoria e qualidade do ensino, contribuindo para o desenvolvimento do raciocínio lógico, da coordenação motora, da percepção visual e auditiva, da criatividade e do desempenho escolar dos alunos, auxiliando na formação de um aluno mais crítico e participativo, promovendo o aumento da taxa de retenção dos conhecimentos adquiridos. O professor precisa sentir-se seguro no trabalho por Projetos, Por exemplo, pois essa modalidade de trabalho facilita a interação entre os alunos, seus professores e o objeto de conhecimento. Para Fernando Hernández (Apud Prado 2009), a organização do currículo deve ser feita por projetos de trabalho, com atuação conjunta de alunos e professores. As diferentes fases e atividades que compõem um projeto ajudam os estudantes a desenvolver a consciência sobre o próprio processo de aprendizagem, porém todo projeto precisa estar relacionado aos conteúdos para não perder o taco. Além disso, é fundamental estabelecer limites e metas para a conclusão dos trabalhos. As novas tecnologias da informação e comunicação permitem que os alunos e professores, professores e seus pares, professores e gestores, família e escola, todos possam aprender em rede. De acordo com Canário (apud Almeida, 2000b: 123), ao se promover a participação dos alunos em projetos individuais ou coletivos com o uso dessas tecnologias há um avanço na aprendizagem, promovendo sua autonomia, tornando as mudanças explícitas, demandando maior atenção dos professores, inclusive dos que não estavam engajados no projeto, movendo-os a procurar mais informações sobre projetos, passando a cooperar e talvez integrar-se a eles. (p. 124) Para Dowbor (2008), as tecnologias são importantes, mas apenas se soubermos utilizá-las. E saber utilizá-las não é apenas um problema técnico. Contudo, não é de uma hora para outra que esses profissionais se farão diferentes, é necessário que sua formação seja permanente e aconteça dentro de sua esfera de trabalho, onde sua realidade seja contemplada, onde possa trocar informações e conhecimentos com seus pares e onde possa também ensinar. Desse modo, reafirmo é imprescindível e urgente que as Políticas Públicas estejam voltadas para a inserção das Tecnologias e Mídias nas escolas, para efetivação de uma melhoria na qualidade de ensino e para a promoção da inclusão digital e social de docentes, discentes e toda a comunidade escolar e local. Tendo como evidente a concepção de que o trabalho por projetos desfaz a ideia de trabalho fragmentado e modifica o currículo definido em grades temáticas, propiciando ao professor um trabalho com questões cotidianas e atendendo à necessidade dos alunos, propondo reflexões acerca de sua autoria, autonomia, construção da identidade e produção de conhecimentos. Referências ALMEIDA, M.E.B.,PROINFO: Informática e formação de professores. Vol.2. Ministério da Educação, Secretaria de Educação à Distância, Brasília: SEED, 2000b. Costa, D. J. N., Integração de Mídias e Tecnologias na Educação: O Desafio, São Paulo: Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, no curso de Especialização Tecnologias em Educação. 2010. 25p. DOWBOR, Ladislau. Tecnologias do Conhecimento: desafios da educação. São Paulo: Editora Vozes, 4ª ed. 88 p., 2008. MORAN, José Manuel. A escola que desejamos e seus desafios, disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/escola.htm, acessado em 26/10/2010. PRADO, Maria Elisabette Brisola Brito e ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de (organizadoras). Elaboração de projetos : guia do cursista / – 1. ed. – Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação à Distância, 2009. 174p. ; il.
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